segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O silêncio dos inocentes

Tenho sentido uma enorme dor de estomâgo ao ver cenas tão absurdas de violência contras as crianças. Toda semana ficamos sabendo de uma nova barbaridade. Meu Deus, como isso pode acontecer? Seres tão indefesos que deveriam contar com cuidados e toda atenção dos adultos, à mercê dessa gente doente. É muita perversidade! 
Primeiro foram inúmeras histórias de babás flagradas em plena ação contra os pequenos. Coisas de arrepiar!  Depois pipocaram relatos em que creches, que pareciam seguras e acolhedoras (todas com nomes tão sugestivos: bebê feliz, algodão doce, ursinho carinho, nana nenê etc.), onde os pais deixavam suas jóias mais preciosas para que fossem cuidadas com todo carinho - e pagavam caro por isso - escondiam, na verdade, maus-tratos, humilhações e abusos. Crianças pequenas. Muitos ainda bebês.
Teve também o caso daquela louca que adotou a criança, ficou um mês com ela e judiou de todas as formas.
Recentemente tenho visto várias e várias situações em que as crianças pequenininhas são agredidas pelos próprios pais. Onde vamos parar com tanta bárbarie? Os pais são - ou deveriam ser - o porto seguro. As pessoas em quem a criança mais confia. O que esperar de um mundo onde quem mais deveria te amar, te tortura?
O que será que passa na cabecinha dessas crianças? Como vão crescer depois de tudo isso?
Num primeiro momento sobe aquela raiva e a gente tem vontade de fazer justiça com as próprias mãos. Mas, aplacar a violência com mais violência, não dá. Temos que confiar na justiça e acreditar que essas pessoas não possam mais cometer nenhuma atitude dessas contra ninguém. E confiar que essas crianças possam, um dia, conseguir curar essas feridas emocionais.
Cuidar de uma criança não é nada fácil. Exige muita dedicação e amor acima de tudo. Esses vermes não poderiam chegar perto de crianças. Esses pais, ou sei lá que nome dar a eles, não deveriam ter o direito de gerar um filho. Essas pessoas só podem ser loucas; não é possível!
Os pequenos não podem e nem tem como se defender. Geralmente, nem falam (o que aumenta a crueldade). Por isso, devemos estar sempre muito atentos. Ao menor sinal, vamos investigar, vamos denunciar! Essas coisas não podem ficar impunes! 
Por amor aos nossos filhos!

2 comentários:

Tânia Liberato disse...

Ai, amiga.... é terrível...
Eu só li esse texto porque é seu, porque eu comecei a ler sem saber que se tratava exatamente disso... pois desisti de saber sobre isso por quaisquer meios que sejam.
Ouço falar e só, de preferência. Já peço prá mudar de assunto, já saio de perto, mudo de canal ao menor sinal desse assunto.
Eu me recuso a sofrer por isso. Por que esse tipo de coisa me faz sofrer muito, dói muito em mim. Só me faz chorar e desacreditar no ser humano. Coloca um manto frio sobre as coisas boas que existem.
Pode me chamar de alienada. E eu admito que me alienei de propósito. Porque não aguento isso.

Antônio Carlos disse...

Em 16 de novembro de 2010 03:38, Carlos escreveu:

Olá Querida Amiga.


SERÁ QUE NÃO É HORA DE UMA MUDANÇA NA FORMA DE VEICULAR ESSES FATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA INDEFESOS?

A CÂMARA DOS DEPUTADOS E O SENADO APROVAREM UMA LEI QUE OBRIGUE A DIVULGAÇÃO DAS PUNIÇÕES RÍGIDAS AOS CULPADOS AO INVÉS DE BANALIZAR TANTAS OCORRÊNCIAS E DEPOIS NÃO SABERMOS OS RESULTADOS...

Do jeito que está aí, funciona mais como propaganda DA violência associada com impunidade.

Por exemplo: A pessoa que praticou o ato contra criança e qualquer pessoa indefesa (excepcionais, idosos, etc.), se deu mal. Foi presa, foi sentenciada e cumpre pena. Isso sim seria uma forma de desestimular que outros o façam.

Isso funciona na campanha contra o consumo de cigarros... Aquelas fotos deprimentes no verso dos maços onde são mostradas as diversas consequencias. Dizem que diminuiu a incidência de fumantes nessa medida e o conjunto de outras medidas.

A campanha DA não violência é válida. Mas o aumento das penalidades, com a divulgação delas e que foram realmente aplicadas, teria um efeito desencorajador.

A imprensa livre voltaria o foco para apresentar o culpado. Que ele realmente sofrerá sérias penalidades, após preso, julgado e condenado. Seria inverter a notícia; "fulano praticou ato condenável, mas se deu muito mal..."

Sexo com crianças... Crime hediondo e pronto!

Espancamento e outras violências = Crime de tortura, também inafiançável.

Assim, mudaremos também a forma de discutirmos e jamais saberíamos que o agressor de indefesos se deu bem. O foco das conversas seriam de medidas preventivas e protetoras para OS nossos inocentes.

Sabemos que grande parte dessa violência começa nos próprios lares e com pessoas próximas, muitas vezes parentes.

Mas o trabalho de não violência não é citando OS fatos e sim mostrando as penalidades. O efeito DA privação de liberdade e o sofrimento causado pela execração públlica.


Antônio Carlos Guimarães
Durante 15 anos fui Comissário Voluntário DA Comarca de Salvador - Bahia. Ainda creio que a JUSTIÇA vai alcançar a velocidade DA então DEMOCRACIA.

Abração.