segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O tempo e o vento


No último sábado fui ao casamento da minha prima Karen. 
Preciso registrar que foi um dia bastante especial. Fazia tempo que não encontrava boa parte daquele povo todo. Sei lá, fomos tomando outros rumos. Tinha a impressão que encontrava sempre com todo mundo quando era menor. Será que era só impressão? Foi pouco tempo pra conversar de verdade com todos. Mas deu pra matar um tiquinho da saudade. Nem que tenha sido só aquele papinho mais superficial. Além da família "clássica": avó, tios e primos encontrei os parentes da minha prima. Os meus parentes por afinidade. São pessoas que me conhecem desde sempre, mas que depois de uma certa época não vi mais com tanta frequência. Mas cada um tem a sua importância na minha "historinha". Tão gostoso isso!
Puxa, a Karen casou! Eu também casei, tá certo! Mas a Karen era aquela prima com quem eu planejei morar junto quando a gente crescesse!! É, acho que a gente esqueceu!! rsrs 
A Karen tem quase a minha idade. Ela é do "grupo" das minhas primas K (Kelma, Karen, Keila e Karoline). São irmãs!!
Eu encontrava minhas primas todo "santo" sábado. Todas na casa da vó Rosa até de noite. Foi assim durante toda nossa infância e boa parte da adolescência. Isso foi tão importante pra mim. Nossas brincadeiras na rua (bandeirinha, esconde-esconde, beijo-braço-aperto de mão), as idas na pracinha (subir em árvore, explorar cada cantinho e brincar de garotas perdidas). Ah, e pra brincar dentro de casa inventamos uma brincadeira que era uma espécie de esconde-esconde no escuro. Chamavamos de "me perdoe esses tapas na cara". Nome inspirado numa música do Cazuza que ouvimos a Ângela Maria cantando (Tapa na Cara). Olha a criatividade!!! 
Bom, tinha também as coleções de figurinhas e papéis de cartas, os escritórios e restaurantes com comidas feitas de plantas de todo tipo. Os festivais de músicas e performances. O clubinho, onde participavam também minhas amigas da vizinhança. Era diversão garantida sempre!  
Achei outro dia um livro que escrevemos juntas. Tinha até ilustração! Tinha também uma brincadeira que fazíamos dentro do carro do meu tio. Essa era de terror! Chamava "Demons". Garotas perdidas numa cidade fantasma. Era o máximo. O maior suspense!
Foi sem dúvida nenhuma das fases mais ricas da minha vida. São histórias e mais histórias. Como era bom! Lembro com muito carinho e nostalgia. Nos tornamos mulheres maravilhosas, mas éramos crianças sensacionais!!!

2 comentários:

Tânia Liberato disse...

Adoro essas histórias! São emocionantes na sua "simplicidade".

Kelma disse...

Pois é Kátia!!!!
Crescemos! Tudo bem, umas cresceram mais que outras....mas a altura em centímetro é só um indicativo bobo (baixinha sempre fala isso rsrsr).
Me lembro muito das nossas brincadeiras! Lembro de "me perdoe esses tapas na cara" rsrsrs gente, como pudemos inventar isso?
E acho que você relamente tem toda a razão....nos encontrávamos muito mais quando éramos crianças! E isso fez parte da nossa formação de mulheres!
Ai..como era mais tranquilo quando éramos crianças!
E a minha irmã casou!!!! O casamento dela foi muito especial para mim também! Fiquei muito emocionada e com muitas saudades da minha mãezinha!!! A Karen estava tão feliz e eu também! É muito bom saber que uma irmã sua, 25% da minha genética (no mínimo), está realizando um sonho!!! E só quem casa sabe o que é isso (tudo bem, sou "descasada", mas sei o que estar feliz quando se casa!!!!)
Desejo muitas felicidades para ela e muita calma nesse nova porta que se abre!!!!

Bjs