sábado, 21 de junho de 2008

Vida louca vida, vida breve!

É engraçado quando a gente percebe, na própria carne, que a vida é feita de ciclos. Não. Não é engraçado, não! Puro vício de linguagem.
Essa constatação, muitas vezes enche o saco!
Em alguns dias estamos bem. De bom humor. Realizando. Produzindo. Criando. Uma beleza! E em outros, parece que há uma imensa nuvem negra acima da nossa cabeça. Como numa TPM sem fim! Eu, sinceramente, não sou o tipo de pessoa que se deixa vencer fácil. Eu insisto até que ela – a nuvem – vá pra bem longe de mim!


Sei lá, acho que dessa vez ela resolveu ficar um pouco mais. Ou quem sabe, o grande problema esteja no meu cansaço. São compromissos atrás de compromissos e muita pressão.

Primeiro a tensão toda em função do processo da montagem de formatura. Uma longa história que acabou terminando bem com a estréia e a temporada de Oroboros. Paralelo a isso, o tão “temido” TPT (Trabalho de Pesquisa Teatral) - igual ao TCC da faculdade. O qual preciso finalizar com urgência. A apresentação será dia 01 de Julho! A escolha do tema não foi difícil, eu já tinha um projeto. A realização da pesquisa foi muito prazerosa. Porque foi uma escolha bem particular. Algo que eu realmente, queria muito investigar. Mas o trabalho “braçal”, esse sim, me tirou do sério. Horas, dias, semanas, meses... digitando textos no computador. Resultado? Um bom trabalho se concretizando, mas junto com isso uma inflamação no nervo ciático. Maravilha!

É, acho que tá aí, a causa do mau humor. Uma dor indescritível! Eu sei, eu sei! Todo mundo tem problemas! É próprio do ser humano. Não estou aqui pra me vitimizar, ok? Tô só compartilhando uma reflexão sobre isso! Ou como diria um ex-chefe meu: me desculpa, não é com você não! Tô só desopilando o fígado!

Quando a gente tá no lado negativo do ciclo parece que uma coisa vai puxando outra, se transformando numa bola de neve. Primeiro a dor, depois o bloqueio pra escrever. Sei lá, já passei por TCC duas vezes na faculdade, mas tem horas em que você não consegue colocar uma única, uniquinha, palavra no papel e muito menos concluir uma idéia. Parece que já escreveu tudo! Horas e horas olhando pra uma tela em branco em busca de uma inspiração. E ela não vem!

Aí, é a hora de forçar o ciclo a se transformar. Chega de nuvem negra! É hora de parar um pouco. Ver televisão sem culpa. Viajar pela internet. Olhar pra fora. Sair de casa. Ou não fazer simplesmente nada! A mente está saturada e precisa vagar por novos ares! Senão, não vai dar pra continuar.

E vem aí, o próximo passo que eu ainda não dei! A entrega da pasta de estágio. Sem ela eu não tenho meu certificado de conclusão do curso. Apesar de já ter o sonhado DRT (por ter me formado na Oficina de Atores Nilton Travesso), eu não estudei 4 anos na Fundação das Artes, pra ficar sem o que é meu por direito, né!
E lá está ela, num canto do armário. Gorda. De tanto papel que fui colocando. São trabalhos de técnica, atuação, workshops, cursos, relatórios interdisciplinares, monitoria, etc, etc. Uma lou-cu-ra! Meu trabalho? Organizar tudo isso e ainda verificar se faltam algumas horas a serem cumpridas. Pelo amor de Deus! Que não falte nenhuma!

É, os meus amigos - que me conhecem, como boa sagitariana que sou – devem estar me achando um tanto amarga. Eu também acho! Mas vai passar. Eu prometo! Depois da entrega da pasta vou tirar uns dias de férias. Tô precisando vadiar sem compromisso, vagabundear! Literalmente.
Mas hoje, senti um pouquinho do gostinho dessas férias. Os amigos. Às vezes, gestos tão
simples mudam tudo. Eles sim, nos ajudam muito a quebrar esse ciclo. O mundo parece ficar mais colorido de uma hora pra outra. Hoje de forma muito inesperada, recebi um telefonema da minha querida Nydia Licia. Ah, a Nydia... Mulher tão doce. Sábia. Mulher forte. De voz macia, mas que exatamente por isso, consegue assim, dizer até as coisas mais duras, sem constrangimentos. E com esse seu jeito delicado de ser, ela sabe também dizer coisas que nos fazem um bem danado! E foi isso que ela fez comigo hoje. Sem saber, me deu um grande presente! Obrigada, minha querida! Eu estava precisando e muito!
Amanhã, vai ser outro dia...

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