terça-feira, 29 de abril de 2008

O fim é só o começo!

O espetáculo estreou no dia 16 de Março. Foi ontem!
Agora estamos a pouco menos de 3 semanas do fim da temporada... A sensação é de que a cada apresentação, o grupo amadure mais, cresce. No teatro as coisas são assim... não tem reprise. Mesmo que o texto e o elenco sejam o mesmo, a cada espetáculo muda o público e mudam os atores, que não são os "mesmos" todos os dias. Uns dias estão bem, outros não. Claro que a obra está acima de tudo, mas é inevitável que isso reflita no que está em cena. Portanto, cada apresentação é única. E, posso também dizer por meus colegas de elenco, que está a cada dia mais prazeroso atuar. O texto fica mais orgânico e as cenas mais seguras.
Nosso processo foi único! Era para ter início em agosto do ano que se passou.
Teoricamente, ele se iniciou. Mas, de verdade, mesmo, só deslanchou a partir de 07 de janeiro. Ou seja, estamos falando de um espetáculo que foi escrito e encenado em pouco mais de 2 meses. Foi muito trabalho e muita dedicação. E quando penso no que trouxemos ao palco, sinto muito orgulho por cada um de nós: elenco, direção e agora por toda a equipe técnica que nos acompanha e faz parte desse "filho" que foi muito desejado e muito esperado. Uma gestação difícil. Mas enfim, parimos! E nesse momento acompanhamos cada evolução. Cada passo. E cuidamos para que ele cresça, evolua com tudo que tem direito.
Não basta escrever um texto, encenar, decorar... é preciso fazer uma manutenção diária. E a cada fim de espetáculo fazemos nossas reflexões. O que está realmente se comunicando com o público ou o que ainda pode ser melhorado. Afinal, ele nunca vai estar pronto. Talvez, lá pelo dia 18 de maio. Mesmo assim, é muito provável que a gente continue acreditando que ele ainda possa mudar, aquela cena podia melhorar, aquela fala podia ser dita de outro jeito - mesmo que não haja mais cena, mesmo que não haja mais fala, mesmo que não haja mais espetáculo...
Oroboros!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fácil e difícil

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião...
Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.

Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma...
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.

Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...
Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar...
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.

Fácil é ditar regras e,
Difícil é segui-las...


(*) Título original: Reverência ao destino (Carlos Drummond de Andrade)
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
(Fernando Pessoa)
Eu aprendi
...que ser gentil é mais importante do que estar certo;


Eu aprendi...
...que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

Eu aprendi...

...que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir juntos;

Eu aprendi...
...que algumas vezes, tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

Eu aprendi...

...que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto;

Eu aprendi...
...que dinheiro não compra 'classe';

Eu aprendi...
...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

Eu aprendi...
...que debaixo da 'casca grossa' existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;

Eu aprendi...
...que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi...
...que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;

Eu aprendi...
...que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas. Alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi...
..que devemos sempre ter palavras doces e gentis, pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;

Eu aprendi...
...que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...
...que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;

Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

William Shaskeapeare

sexta-feira, 18 de abril de 2008


Enquanto Houver Amizade 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. “Amigo”,
do livro Lendas do Céu e da Terra de Malba Tahan e no
Poema “Enquanto houver amizade” de autor desconhecido.
Um professor perguntou, certa vez, a um de seus alunos qual era o significado da palavra amigo. O menino não soube, de pronto, responder. Ficou, por alguns momentos, em silêncio e, por fim, repetiu a palavra amigo separando devagar as sílabas.

O professor, porém, insistiu: Vamos! Responda-me. Que significa a palavra amigo?

Ao fim de dois ou três minutos, então, o jovem respondeu:
- Penso que amigo é uma pessoa que nos conhece perfeitamente, sabe da nossa vida e, apesar de tudo, ainda nos quer muito bem!

- Bravo! – exclamou o mestre – eis uma resposta que me parece simples e perfeita! Um dos tesouros mais preciosos na vida é a boa amizade! – terminou dizendo ele com vibração.

"A amizade redobra as alegrias e reparte as penas em duas metades. A amizade é um raio de sol que ilumina a vida. Não há rosto por mais imperfeito, nem espírito por mais sofredor, que um relâmpago da verdadeira amizade não possa tornar encantador. A amizade é um sentimento raro; só são capazes de senti-lo aqueles que são capazes de inspirá-lo."

Eis as palavras do escritor Malba Tahan, elevando à sublimidade este laço bendito que nos une ao próximo. Talvez apenas a arte, tocada pelo condão da espiritualidade, consiga trazer em versos pronunciáveis, o que a amizade significa para o espírito.

A dádiva de um coração amigo é sempre acolhida com benevolência. Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida. A amizade pura é uma flor que nunca fenece. Talvez tenha sido por isso que o filósofo francês Voltaire disse: Todas as glórias deste mundo não valem um amigo fiel.

quarta-feira, 16 de abril de 2008


Delírio

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi. N
o seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem!
– disse ela, louca,
Moralistas, perdoai!
Obedeci....

Olavo Bilac



terça-feira, 15 de abril de 2008



Canteiros
(Música de Fagner baseada na obra de Cecília Meireles)


Quando penso em você fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento
Pode ser até manhã, cedo claro feito dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Para correr entre os canteiros e esconder minha tristeza
Que eu ainda sou bem moço para tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida.
Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.

(Antoine de Saint-Exupéry)

domingo, 13 de abril de 2008


"... Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu..."

(Chico Buarque) 


Às vezes a sensação é essa mesmo: a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu, ou nem nasceu...

Saudade é coisa boa, lembrar é gostoso, mas dói...
Ontem recebi uma linda mensagem de uma veeeelha amiga. Nossa, que surpresa! Chorei, sorri... foi um misto de emoções. Ela falava do passado, dos nossos pactos e de tanta coisa que vivenciamos. Um filme passou na minha cabeça. Voltei no passado quase uns 20 anos. Mesmo com tanta "coisa" preenchendo esse espaço de tempo, tantas experiências, outras amigas, vivências... parecia que tudo tinha acontecido ontem.
Acho que isso é um dos presentes que às vezes a vida nos dá!
O tempo e a distância são coisas muito relativas quando temos nossas lembranças... e isso ninguém nos tira!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Eu tenho saudade do que não vivi.


Tenho saudade de lugares onde não fui e de pessoas que não conheci. Tenho saudade de uma época que não vivenciei, lembranças de um tempo que mesmo sem fazer parte do meu passado, marcou presença e deixou legado. Esse tempo, onde a palavra valia mais do que um contrato, onde a decência era reconhecida pelo olhar, onde as pessoas não tinham vergonha da honestidade, onde a justiça cega não se vendia nem esmolava, onde rir não era apenas um direito do rei... Ah, esse tempo existiu, eu sei. Tempo de verdade, amizade, respeito ao próximo. Amor ao próximo. Tenho saudade do tempo em que a justiça era respeitada porque era acreditada. Acima de tudo. Autoridade máxima do dever. Zeladora dos direitos. Sem vergonha de ser o que é, de apontar o que fosse desde que fosse o justo, o correto, o verdadeiro.

Rui Barbosa
Para refletir
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade.
Faremos as pazes de novo.

Pose ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade.
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas se ainda sobrar amizade.
Nasceremos de novo um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente.
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Albert Einstein.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sonho sendo realizado

Oroboros – o fim é só o começo, espetáculo do Núcleo38 de Teatro, estréia em São Caetano do Sul
O Núcleo 38 de Teatro estréia em 16 de março,
às 19h, no teatro da Fundação das Artes,
Oroboros – o fim é só o começo,
texto inédito que fica em cartaz até 17 de maio de 2008

O nome Oroboros - o fim é só o começo nasceu da constatação que se faz, no conjunto do espetáculo, de que não há um encerramento definitivo para as coisas, mas a continuação em novo estado. É um espetáculo que não prende o ator a um personagem fixo – todos fazem de tudo, sem limitações de sexo, idade, forma, etnia etc. Não é, portanto realista, mas fortemente simbolista. Abusa da teatralidade e escancara as ações em um espaço cênico diferenciado. A busca do personagem central dá-se, basicamente, em livros; a montagem louva a cultura que pode ser encontrada em livros que façam pensar. O cenário, portanto, é tomado por livros. A luz é também elemento de forte apelo para nossa linguagem cênica, por suas significações simbólicas e seus efeitos plásticos que vão da leveza à mais profunda solenidade. Essa combinação está presente em todos os aspectos técnicos do espetáculo, que o tornam enxuto, discreto e, ao mesmo tempo, denso. Em suma: entretenimento de primeira qualidade, com um pano de fundo filosófico que diverte fazendo refletir.

A palavra Oroboros (também se usa ouroboros e uróboros, entre outras grafias) significa "aquele que devora a própria cauda", em grego. É representado, geralmente, como uma serpente ou dragão que, ao morder sua cauda, forma um círculo ou figura assemelhada. Com isso, ele englobaria todo o mundo; quem sabe a própria existência... O Oroboros está presente em uma infinidade de culturas (chinesa, grega, egípcia e asteca, por exemplo). Representa o eterno retorno, o ciclo da vida, o universo. Assemelha-se, assim, à Fênix, que renasce de suas cinzas, que precisa morrer para reviver, para que sua vida não tenha fim. Também pode ser associado ao símbolo do Tao, yin-yang, por demonstrar igualmente que toda a realidade se interpenetra, que as coisas não têm um só lado.

Escolha seu lado: você é um Buscador de respostas ou um Escrevedor de enigmas?
A resposta está em Oroboros – o fim é só o começo!

Serviço
Oroboros – o fim é só o começo

Local: Teatro Timochenco Wehbi – Fundação das Artes (ar condicionado)
Endereço: Rua Visconde de Inhaúma, 730, São Caetano do Sul-SP
Lotação: 90 lugares
Datas: 16 de março a 17 de maio
Horário: sábados às 20h e domingos às 19h
Ingressos: R$12,00 (inteira) R$ 6,00 (meia)
Fone: 4238-3030
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Estacionamento conveniado: Rua Visconde de Inhaúma, 577, São Caetano do Sul